Técnicos reafirmam disposição de agir mesmo contrariando alguns interesses
Apesar da importante contribuição à saúde pública, as Vigilâncias Sanitárias costumam incomodar alguns setores, como comércio e até políticos. Os problemas não intimidam os profissionais que atuam nos municípios do Estado. Na quarta-feira (18), técnicos dos orgãos da Baixada Santista se reuniram em Praia Grande para discutir ações comuns na região. Para a representante das Vigilâncias Sanitárias no Estado, Florise Malvezzi, os conflitos são “inerentes” à atividade.
O poder de polícia é uma das armas das Vigilâncias Sanitárias, já que suas funções visam assegurar o bem estar geral, impedindo, através de ordens, proibições e apreensões, o exercício anti-social dos direitos individuais, o uso abusivo da propriedade ou a prática de atividades prejudiciais à coletividade. Por isso, ainda que enfrente resistências, os orgãos seguem desagradando a poucos, mas levando respeito à população custe o que custar.
Em Praia Grande, a situação não é diferente dos demais municípios paulistas e brasileiros. Como já se divulgou, flagrantes de desrespeitos às normas de higiene e outros são praticados tanto no comércio como por munícipes que desconhecem ou que afrontam as legislações. Para o secretário de Saúde Pública de Praia Grande, Adriano Springmann Bechara, o papel da Vigilância Sanitária é inabalável. “A função do setor é educar e punir, se for o caso. Temos situações em que pessoas se adaptaram às leis depois de terem sido abordadas e orientadas por nossos profissionais”, destacou.
De acordo com Florise Malvezzi, que é diretora do Grupo de Vigilância Sanitária do Estado (GVS), nada pode ser contra o zelo à saúde da população. “Quando se interdita um estabelecimento, um lote de medicamento falsificado ou de um cosmético que causa queimaduras, pode-se contrariar interesses políticos e econômicos. Mas compete a nós zelar pelos interesses da saúde pública”, afirmou.
Banco de dados - Para estar afinado com os padrões, o orgão estadual conta com uma agenda itinerante na Baixada, que ocorre o ano inteiro, cada mês em um município. Nas ocasiões, são realizadas capacitações e debatidos sistemas de avaliação e monitoramento de indicadores, além do estabelecimento de metas para o ano. “Temos um sistema de saúde no Estado eficiente e todas as cidades contam com um orgão de Vigilância Sanitária com poder de polícia para resguardar a saúde pública em geral”, completou Florise.
A representante das Vigilâncias Sanitárias enfatiza a organização dos dados que o Estado possui, por meio de um sistema integrado de informações. “Somos o único estado brasileiro que conta com um sistema de informação em Vigilância Sanitária padronizado. Os instrumentos e o banco de dados são únicos, de modo que os procedimentos de trabalho são os mesmos em todas as cidades. Trata-se de um instrumento gerenciador único em todo o Estado. Serve para direcionar as ações de maior ou menor risco”, afirmou.
Água - Entre as avaliações monitoradas pelo sistema está a distribuição de água nas cidades paulistas. Segundo o diretor técnico do Laboratório Regional de Santos, do Instituto Adolpho Lutz, Mário Tavares, cabe às Vigilâncias Sanitárias observar a qualidade da água fornecida à população pelas empresas que fazem a distribuição, na venda no comércio e até na captação em bicas. “As vigilâncias sanitárias têm nos encaminhado amostras de água e alimentos, mas principalmente águas coletadas para análise e emissão de laudos. Quando a conclusão da análise é insatisfatória, os municípios são notificados a tomar as providências necessárias”, afirmou.
Tavares informou que as amostras obtidas das redes de abastecimento públicas têm apresentado um alto percentual de análise insatisfatório. Em média, 30% das amostras que chegam ao Adolpho Lutz, de águas coletadas das companhias de distribuição e tratamento como a Sabesp, têm análise com conclusão insatisfatória. “As causas são variadas e os principais problemas são de cunho físico-químico, com coloração e fluoretação em índices acima ou abaixo do recomendado. A solução são as estações de tratamento de água em cidades onde o problema é mais acentuado, como é o caso de Guarujá onde o quadro é mais preocupante”, comentou.
Conforme Tavares, Praia Grande é a cidade com uma das melhores situações na amostragem de água, só apresentando registros negativos ocasionais. “Mas, em geral, a Cidade tem uma das melhores situações na região”, concluiu. Apesar das más constatações, para o técnico do Adolpho Lutz, o quadro não chega a ser alarmante na região, mas pode ser indicativo da necessidade de providências no tratamento da água, para evitar doenças à população.
Apesar da importante contribuição à saúde pública, as Vigilâncias Sanitárias costumam incomodar alguns setores, como comércio e até políticos. Os problemas não intimidam os profissionais que atuam nos municípios do Estado. Na quarta-feira (18), técnicos dos orgãos da Baixada Santista se reuniram em Praia Grande para discutir ações comuns na região. Para a representante das Vigilâncias Sanitárias no Estado, Florise Malvezzi, os conflitos são “inerentes” à atividade.
O poder de polícia é uma das armas das Vigilâncias Sanitárias, já que suas funções visam assegurar o bem estar geral, impedindo, através de ordens, proibições e apreensões, o exercício anti-social dos direitos individuais, o uso abusivo da propriedade ou a prática de atividades prejudiciais à coletividade. Por isso, ainda que enfrente resistências, os orgãos seguem desagradando a poucos, mas levando respeito à população custe o que custar.
Em Praia Grande, a situação não é diferente dos demais municípios paulistas e brasileiros. Como já se divulgou, flagrantes de desrespeitos às normas de higiene e outros são praticados tanto no comércio como por munícipes que desconhecem ou que afrontam as legislações. Para o secretário de Saúde Pública de Praia Grande, Adriano Springmann Bechara, o papel da Vigilância Sanitária é inabalável. “A função do setor é educar e punir, se for o caso. Temos situações em que pessoas se adaptaram às leis depois de terem sido abordadas e orientadas por nossos profissionais”, destacou.
De acordo com Florise Malvezzi, que é diretora do Grupo de Vigilância Sanitária do Estado (GVS), nada pode ser contra o zelo à saúde da população. “Quando se interdita um estabelecimento, um lote de medicamento falsificado ou de um cosmético que causa queimaduras, pode-se contrariar interesses políticos e econômicos. Mas compete a nós zelar pelos interesses da saúde pública”, afirmou.
Banco de dados - Para estar afinado com os padrões, o orgão estadual conta com uma agenda itinerante na Baixada, que ocorre o ano inteiro, cada mês em um município. Nas ocasiões, são realizadas capacitações e debatidos sistemas de avaliação e monitoramento de indicadores, além do estabelecimento de metas para o ano. “Temos um sistema de saúde no Estado eficiente e todas as cidades contam com um orgão de Vigilância Sanitária com poder de polícia para resguardar a saúde pública em geral”, completou Florise.
A representante das Vigilâncias Sanitárias enfatiza a organização dos dados que o Estado possui, por meio de um sistema integrado de informações. “Somos o único estado brasileiro que conta com um sistema de informação em Vigilância Sanitária padronizado. Os instrumentos e o banco de dados são únicos, de modo que os procedimentos de trabalho são os mesmos em todas as cidades. Trata-se de um instrumento gerenciador único em todo o Estado. Serve para direcionar as ações de maior ou menor risco”, afirmou.
Água - Entre as avaliações monitoradas pelo sistema está a distribuição de água nas cidades paulistas. Segundo o diretor técnico do Laboratório Regional de Santos, do Instituto Adolpho Lutz, Mário Tavares, cabe às Vigilâncias Sanitárias observar a qualidade da água fornecida à população pelas empresas que fazem a distribuição, na venda no comércio e até na captação em bicas. “As vigilâncias sanitárias têm nos encaminhado amostras de água e alimentos, mas principalmente águas coletadas para análise e emissão de laudos. Quando a conclusão da análise é insatisfatória, os municípios são notificados a tomar as providências necessárias”, afirmou.
Tavares informou que as amostras obtidas das redes de abastecimento públicas têm apresentado um alto percentual de análise insatisfatório. Em média, 30% das amostras que chegam ao Adolpho Lutz, de águas coletadas das companhias de distribuição e tratamento como a Sabesp, têm análise com conclusão insatisfatória. “As causas são variadas e os principais problemas são de cunho físico-químico, com coloração e fluoretação em índices acima ou abaixo do recomendado. A solução são as estações de tratamento de água em cidades onde o problema é mais acentuado, como é o caso de Guarujá onde o quadro é mais preocupante”, comentou.
Conforme Tavares, Praia Grande é a cidade com uma das melhores situações na amostragem de água, só apresentando registros negativos ocasionais. “Mas, em geral, a Cidade tem uma das melhores situações na região”, concluiu. Apesar das más constatações, para o técnico do Adolpho Lutz, o quadro não chega a ser alarmante na região, mas pode ser indicativo da necessidade de providências no tratamento da água, para evitar doenças à população.
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