Por iniciativa de uma enfermeira, canto ajuda a melhorar a vida de pacientes
Não é à toa que Praia Grande ficou em primeiro lugar no Índice Futuridade, entre as cidades paulistas com mais de 200 mil habitantes, em 2009. Os programas municipais voltados à terceira idade proporcionam qualidade de vida as mais de 25 mil pessoas acima dos 60 anos. Na área da saúde, por exemplo, profissionais incentivam a prática de exercícios físicos para dezenas de participantes. Em Solemar, uma enfermeira garante que a atividade musical é um bom remédio.
Vanda Gomes da Silva é a autora da ideia, que começou há cerca de cinco anos, na Unidade de Saúda da Família do bairro Samambaia. Atualmente, a enfermeira atua na Usafa Solemar onde inclui o canto na receita para o bem-estar físico e emocional de 12 homens e 23 mulheres. “Sua dedicação levanta o ânimo” é a frase (de autoria anônima) que reflete exatamente o que ela faz, com propriedade, no seu trabalho toda quinta-feira, às 15 horas.
Na “seresta”, como é denominada a atividade, sob regência de Vanda, os idosos cantam diversos ritmos da música popular brasileira. O coral de vozes amadoras enche de alegria vida dos seus integrantes, que já deixaram de lado problemas como depressão e reduziram a quantidade de medicamentos para hipertensão e diabetes. “Eles são muito carentes de uma ocupação assim e a música melhorar a auto-estima deles. Cantando ficam mais felizes e alguns, que tomavam até oito Captopril (para controle da pressão arterial), agora tomam quatro. Isso tudo é confirmado pelo médico que atendem os idosos”, assegura.
A aposentada Yolanda Aparecida Medeiros Marques é a prova de que a seresta tem um efeito medicinal importante e sem qualquer contra-indicação. Casada e avó de seis netos, que os acompanha algumas vezes nos cantos, revela que sofria de depressão e que era muito ansiosa. Durante as tardes no coral, admite esquecer a dor do reumatismo e até a timidez. “Sempre gostei de cantar, mas não conseguia. Agora eu me esgoelo. Quando o reumatismo ataca sinto muita dor, tomo remédio e não passa. Mas é só começar a cantar e esqueço da dor”, conta.
Outra evidência de que a iniciativa contribui com a saúde física e mental dos idosos vem do depoimento de Osvaldo Egídio da Silva, de 88 anos. Apreciador de música, participa de todas as atividades da Usafa, algumas vezes em cadeiras de rodas. “Tenho problemas de diabetes e hipertensão, mas está tudo controlado. Faço ginástica de manhã e canto também. Assim vamos levando a vida”, disse em meio a um simpático sorriso.
A organização das letras e do repertório é por conta do aposentado Albérico Ferreira dos Santos, que passou a viver na Cidade em 2004, mas se considera morador desde 1995, quando comprou um apartamento no bairro. “No começo, vinha de vez em quando, mas passei a permanecer mais tempo, chegando a ficar dois ou três meses direto na praia. Aí, vi que era melhor mudar de vez. Participo da seresta desde o início. Antes não havia pastas, agora pego as letras da Internet, imprimo e monto as pastas para todos”.
Desde que lançou a proposta no local, Vanda passou a ser admirada por todos, inclusive pelos próprios companheiros de trabalho. Uma delas é a agente de saúde Ana Maria de Oliveira Hidargo. Segundo ela, a enfermeira faz um grande esforço para viabilizar a seresta, que já virou uma necessidade na vida dos pacientes da unidade. “Admiro esse trabalho de fazer as pessoas se sentirem bem. O canto ajuda muito. Muitos aqui não saíam de casa e isso proporciona uma boa atividade para eles e a enfermeira Vanda contribui muito para isso”. Ana e Vanda ainda se empenham em reunir o grupo para um jantar dançante a cada três meses. O último aconteceu dia 8, em uma Colônia de Férias do bairro.
No dia-a-dia, das 8 às 17 horas, a enfermeira e todos os demais funcionários da Usafa Solemar comandam as várias atividades aos idosos, que começam logo pela manhã com a ginástica na praia e se estende ao longo do dia com esportes como o Vôlei Adaptado. Às terça-feiras, eles visitam os acamados nas residências do bairro. A dedicação de Vanda no seu trabalho não só levanta o ânimo como alegra e prolonga a vida dos idosos do bairro.
Para ficar completa, a seresta agora só precisa de acompanhamento de instrumentos. Por isso, quem souber tocar e quiser fazer parte das alegres tardes de quintas-feiras de Solemar, basta procurar a unidade de saúde. O endereço é: Avenida Presidente Kennedy, nº 8.021.
Não é à toa que Praia Grande ficou em primeiro lugar no Índice Futuridade, entre as cidades paulistas com mais de 200 mil habitantes, em 2009. Os programas municipais voltados à terceira idade proporcionam qualidade de vida as mais de 25 mil pessoas acima dos 60 anos. Na área da saúde, por exemplo, profissionais incentivam a prática de exercícios físicos para dezenas de participantes. Em Solemar, uma enfermeira garante que a atividade musical é um bom remédio.
Vanda Gomes da Silva é a autora da ideia, que começou há cerca de cinco anos, na Unidade de Saúda da Família do bairro Samambaia. Atualmente, a enfermeira atua na Usafa Solemar onde inclui o canto na receita para o bem-estar físico e emocional de 12 homens e 23 mulheres. “Sua dedicação levanta o ânimo” é a frase (de autoria anônima) que reflete exatamente o que ela faz, com propriedade, no seu trabalho toda quinta-feira, às 15 horas.
Na “seresta”, como é denominada a atividade, sob regência de Vanda, os idosos cantam diversos ritmos da música popular brasileira. O coral de vozes amadoras enche de alegria vida dos seus integrantes, que já deixaram de lado problemas como depressão e reduziram a quantidade de medicamentos para hipertensão e diabetes. “Eles são muito carentes de uma ocupação assim e a música melhorar a auto-estima deles. Cantando ficam mais felizes e alguns, que tomavam até oito Captopril (para controle da pressão arterial), agora tomam quatro. Isso tudo é confirmado pelo médico que atendem os idosos”, assegura.
A aposentada Yolanda Aparecida Medeiros Marques é a prova de que a seresta tem um efeito medicinal importante e sem qualquer contra-indicação. Casada e avó de seis netos, que os acompanha algumas vezes nos cantos, revela que sofria de depressão e que era muito ansiosa. Durante as tardes no coral, admite esquecer a dor do reumatismo e até a timidez. “Sempre gostei de cantar, mas não conseguia. Agora eu me esgoelo. Quando o reumatismo ataca sinto muita dor, tomo remédio e não passa. Mas é só começar a cantar e esqueço da dor”, conta.
Outra evidência de que a iniciativa contribui com a saúde física e mental dos idosos vem do depoimento de Osvaldo Egídio da Silva, de 88 anos. Apreciador de música, participa de todas as atividades da Usafa, algumas vezes em cadeiras de rodas. “Tenho problemas de diabetes e hipertensão, mas está tudo controlado. Faço ginástica de manhã e canto também. Assim vamos levando a vida”, disse em meio a um simpático sorriso.
A organização das letras e do repertório é por conta do aposentado Albérico Ferreira dos Santos, que passou a viver na Cidade em 2004, mas se considera morador desde 1995, quando comprou um apartamento no bairro. “No começo, vinha de vez em quando, mas passei a permanecer mais tempo, chegando a ficar dois ou três meses direto na praia. Aí, vi que era melhor mudar de vez. Participo da seresta desde o início. Antes não havia pastas, agora pego as letras da Internet, imprimo e monto as pastas para todos”.
Desde que lançou a proposta no local, Vanda passou a ser admirada por todos, inclusive pelos próprios companheiros de trabalho. Uma delas é a agente de saúde Ana Maria de Oliveira Hidargo. Segundo ela, a enfermeira faz um grande esforço para viabilizar a seresta, que já virou uma necessidade na vida dos pacientes da unidade. “Admiro esse trabalho de fazer as pessoas se sentirem bem. O canto ajuda muito. Muitos aqui não saíam de casa e isso proporciona uma boa atividade para eles e a enfermeira Vanda contribui muito para isso”. Ana e Vanda ainda se empenham em reunir o grupo para um jantar dançante a cada três meses. O último aconteceu dia 8, em uma Colônia de Férias do bairro.
No dia-a-dia, das 8 às 17 horas, a enfermeira e todos os demais funcionários da Usafa Solemar comandam as várias atividades aos idosos, que começam logo pela manhã com a ginástica na praia e se estende ao longo do dia com esportes como o Vôlei Adaptado. Às terça-feiras, eles visitam os acamados nas residências do bairro. A dedicação de Vanda no seu trabalho não só levanta o ânimo como alegra e prolonga a vida dos idosos do bairro.
Para ficar completa, a seresta agora só precisa de acompanhamento de instrumentos. Por isso, quem souber tocar e quiser fazer parte das alegres tardes de quintas-feiras de Solemar, basta procurar a unidade de saúde. O endereço é: Avenida Presidente Kennedy, nº 8.021.
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