sábado, 13 de agosto de 2011

PDA recebe obras para Museu de Arte Moderna

Doação de 23 obras de santistas foi formalizada na última quinta-feira (11)


Já fazem oficialmente parte do acervo da Sectur as 23 obras doadas na quinta-feira (11) por um grupo de oito artistas plásticos santistas. A cerimônia marcou o primeiro passo para a criação do Museu de Arte Moderna e Contemporânea (MAMC), o primeiro da Região Metropolitana da Baixada Santista. Composto por pinturas, instalações e objetos, o acervo faz um apanhado da produção contemporânea de arte santista e deve estar em exposição na Galeria Nilton Zanotti em janeiro de 2012.


“Este é um momento muito importante não só para o Palácio das Artes, mas para toda nossa região”, comemorou o secretário de Cultura e Turismo (Sectur) de Praia Grande, Carlos Ananias Lobão. “Estamos muito felizes pela oportunidade de termos essas obras em nosso acervo, e de fazer nosso espaço cada vez mais democrático e acessível. Pretendemos que, em 2012, o MAMC já esteja juridicamente constituído e colaborando para a difusão da arte em nossa região, e que seja uma referencia na Baixada Santista”.


As obras, doadas através do projeto Donum (“doação”, em latim) pelos artistas plásticos Chico Melo, Márcia Zanin, Simone Campos, Valério da Luz, Neuza Dias, Biga Appes, Naka e Rony passam por curadoria de Valério da Luz e da chefe da seção de Ação Cultural do PDA, Maria de Lourdes Marszolek, que lembra que o acervo será somado ao conjunto de 83 obras pertencentes a Sectur, que agora ultrapassa o número de cem peças. “Todo o acervo da Sectur fará parte do MAMC, que já deve nascer contando com obras de artista de todo o País. A partir de janeiro, a Galeria Nilton Zanotti abre uma série de exposições de artistas de nossa região, todas acompanhadas de mesas de debate, ações educativas, palestras e workshops de modo a nortear o processo de composição dessas peças”.


Para o Valério da Luz, que assina sete das obras doadas e é um dos curadores do projeto Donum, a doação simboliza um desejo de fortalecimento por parte dos artistas da região. “O cenário cultural em nossa região está empobrecido, e nossa produção desvalorizada. O que buscamos é um ponto de apoio para o fortalecimento e criação de políticas culturais efetivas; que este museu seja um ponto de difusão da arte, de convergências e questionamentos. Essa é uma fomentação para que muitos pensem. O que queremos é que haja um despertar, não só por parte dos próprios artistas, mas pela sociedade e poder público. Que esse seja um primeiro passo para que possamos repensar os caminhos culturais que estamos trilhando, e o que queremos que aconteça daqui para frente”.

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