Cerca de 200 pessoas participaram de encontro na
sexta-feira (4)
Definir quais propostas representará
Praia Grande e ainda mobilizar a sociedade no que se diz respeito à criança e
adolescente. Foi com esse objetivo que ocorreu na sexta-feira (4) a VII
Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente realizado no
Auditório Jornalista Roberto Marinho, no Bairro Mirim. Participaram do evento
cerca de 200 pessoas, que trabalham como gestores de políticas públicas voltadas
para esse público, além de jovens e representantes de grupos de entidades civis,
que teve como tema “Mobilizando, Implementando, Monitorando a Política de Sinal
de Direitos Humanos da Criança e do Adolescente.
As propostas saíram das
prés-conferências, subdivididas em eixos, realizadas de 24 a 27 de outubro, junto a
sociedade civil. “Ao todo foram definidas 15, sendo três de cada eixo. Todas
bastante relevantes e que nos mostraram que a principal preocupação dos jovens é
com relação a segurança”, destacou a presidente do Conselho Municipal dos
Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), Renata Ferreti, responsável em
organizar a conferência.
“Dentre as propostas feitas pelos
jovens, algumas são de competência das secretarias municipais e outras até
estaduais. Essas nós mesmos levaremos ao conhecimento dos órgãos competentes
para que tomem as devidas providências”, completou Renata Ferreti. “Mas o
interessante é que eles souberam diagnosticar quais são os principais pontos
relevantes”.
Além das propostas, a conferência
definiu ainda quem serão os delegados que representarão o Município na
conferência regional. “Ao todo são cinco jovens participantes de atividades
oferecidas pelos poderes públicos. Os outros cinco são adultos, sendo um
representante do CMDCA, um do Conselho Tutelar, dois de setores públicos que
realizam ações com a juventude, e mais um da sociedade civil”, enumerou chefe da
Divisão da Criança e do Adolescente da Sepros, Sônia Aparecida Alves Gama dos
Santos.
Confiram quais são as propostas
aprovadas de cada um dos cinco eixos:
EIXO I - Promoção
dos Direitos de Crianças e Adolescentes
1. Criar Centros Especializados para
dependentes químicos em atenção à criança e ao adolescente;
2. Ampliar a acessibilidade de
crianças e adolescentes portadores de necessidades especiais a programas
voltados à cultura, ao esporte e ao lazer, adaptando os espaços adequadamente a
fim de dar a eles condições dignas de desenvolvimento e convivência social;
3. Ampliação de Universidades
Públicas, Escolas Técnicas, Cursos de Informática e Línguas Estrangeiras
gratuitos, para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social,
possibilitando uma melhor integração na sociedade e no mercado de trabalho.
EIXO II - Proteção e Defesa dos Direitos
1. Criar uma delegacia especializada
para atender crianças e adolescentes vítimas de violência e profissionais
capacitados para o atendimento;
2. Ampliar a rede de proteção e
atendimento as crianças e adolescentes em situação de risco e vulnerabilidade
social;
3. Intensificar a fiscalização com a
venda de bebidas alcoólicas para menores de idade e realizar campanhas contra o
fumo.
EIXO III - Protagonismo e Participação de Crianças e
Adolescentes
1. Ampliar projetos de prevenção
contra as drogas para serem realizados nas ruas e escolas;
2. Curso para formação de jovens
monitores para conhecimento dos ambientes naturais, do processo de
reaproveitamento de materiais com geração de renda, em busca de solução para
problemas sócio ambientais da região;
3. Maior participação da imprensa,
dando voz as crianças e adolescentes na construção de cidadania, principalmente
no processo das políticas públicas.
EIXO IV - Controle Social da Efetivação dos Direitos
1. Encontro semestral, com
adolescentes e sociedade civil para monitoramento das propostas aprovadas na
Conferência Municipal;
2. Participação efetiva das crianças,
adolescentes e sociedade civil em fóruns movimentos, comitês para o controle
social das políticas públicas;
3. Implantação e implementação de
Grêmio Estudantil.
EIXO V - Gestão da Política Nacional dos Direitos Humanos
de Crianças e Adolescentes
1. Garantir capacitação continuada
aos profissionais que atuam na rede de proteção social, a que preconiza RH –
SUAS;
2. Capacitação continua dos
Conselheiros de Direitos e dos Conselheiros Tutelares;
3. Garantir a sistematização das
informações para todos os níveis de complexidade da rede socioassistencial e
estimular e implementar o trabalho em rede.
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