terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Atendimento em PS Central já obedece ordem de risco

Pacientes passam a receber cores conforme classificação do estado de saúde

O Pronto-Socorro Central (Bairro Boqueirão) passou a adotar um novo sistema de atendimento, que prioriza casos de urgências e emergências por meio de uma classificação específica de risco. Pelo Programa de Acolhimento, pacientes são atendidos e uma sala de triagem, onde cada um recebe uma cor para caracterização da gravidade. O desafio é mudar a cultura por atendimento imediato em pronto-socorro para situações que podem ser resolvidas em unidades básicas de saúde.

A medida segue um protocolo do Ministério da Saúde e, segundo a

gerente de Ensino e Pesquisa em Enfermagem do Complexo de Saúde Irmã Dulce, Sônia Angélica Gonçalves, o procedimento visa conscientizar a população de que o PS existe para atender urgências e emergências. “O sistema permite avaliar o paciente logo na chegada, fazendo com que ele seja visto precocemente, encaminhando-o para a especialidade, conforme protocolo. O acolhimento com classificação de risco estabelece uma política de atendimento com prioridade para casos mais graves, como um politrauma, por exemplo”, enfatiza.

Pelo novo sistema, pacientes que chegam à unidade são atendidos na recepção, por meio de senha, onde fazem a ficha. A seguir, são encaminhados para a Sala de Triagem, onde um enfermeiro, acompanhado por um técnico em enfermagem, avalia os casos, colhendo informações sobre queixas e verificando sinais vitais. Mediante a análise, o enfermeiro sinaliza o prontuário com cores.

O vermelho indica “emergência”, portanto requer atendimento imediato. O amarelo é indicativo de “urgência”, para atendimento o mais rápido possível. Já a cor verde é para casos não urgentes, que podem aguardar um tempo maior. O azul é para consultas de baixa complexidade e o paciente será atendido após todos os chamados anteriores. Pacientes ambulatoriais não deixarão de ser atendidos, mas terão de aguardar outros que chegam com risco de morte.

Casos sem gravidade devem ser levados às unidades básicas de saúde. A cidade conta com uma rede de 17 Unidades de Saúde da Família (Usafas) e cinco UBSs nos bairros.

Demanda - Entre os dias 1 e 12 de janeiro, o PS Central realizou 8.725 atendimentos, quase a média que era registrada em um mês, de 9 mil atendimentos, antes de a Fundação do ABC (FUABC) assumir a unidade, em março do ano passado.

Para receber a demanda da temporada, quando a população da cidade quadruplica, chegando a 1 milhão de pessoas, o PS Central recebeu reforço em equipamentos e profissionais. Segundo a diretora administrativa, Márcia Diogo, a unidade conta com um maior número de material de enfermagem, como caixas de sutura. “Tudo foi preparado para atender uma demanda grande na temporada, até o carnaval, da melhor maneira possível”, disse.

Em breve, a Sala de Emergência passará por obras, quando serão criadas estruturas específicas para adultos e crianças. A previsão é que a partir de março passe a atender também a especialidade de Pediatria, atualmente disponível somente no PS Quietude.

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