sexta-feira, 27 de maio de 2011

Índios visitam escola no Dia da Mata Atlântica

Evento ocorreu no Bairro Ribeirópolis, nesta sexta-feira (27)


Os alunos da Complementação Educacional 19 de Janeiro, Bairro Ribeirópolis, em Praia Grande, tiveram um dia especial nesta sexta-feira (27). A data comemora o Dia da Mata Atlântica e a unidade recebeu a visita de 35 crianças indígenas, de origem Tupi, da aldeia Piaçaguera Ywy Pyaú, de Peruíbe.


Várias atividades marcaram a presença dos índios na escola. Os estudantes realizaram leituras de poesias, rap, dança de rua e balé, jogo de futebol, aula de pintura em CD (reuso), além da apresentação de vídeos. Os temas das poesias retratavam paz e igualdade entre as pessoas. A ação também contou com a presença de alunos das escolas municipais Nicolau Paal e Domingos Soares de Oliveira.


O evento foi desenvolvido pela Coordenadoria de Educação Ambiental da Secretaria de Educação (Seduc). A visita foi uma retribuição do passeio feito no Dia do Índio pelos estudantes praiagrandenses na aldeia.


“A importância desse intercâmbio é muito grande. Nós trabalhamos com as crianças um projeto de diversidade cultural. Já falamos sobre religiões, raças e deficientes. Este ano abordamos o tema indígena. A vinda deles aqui na escola e nossa visita na aldeia corou o trabalho”, disse a diretora da unidade, Ghislaine Pinheiro.


A integração das duas culturas também foi comemorada pela cacique tupi, Tupã Rendy, também conhecida como Lílian. “Esse momento é muito especial para nossas crianças. É algo inesquecível. Elas gostam muito de sair da aldeia e poder vivenciar coisas novas. As meninas já me falaram que querem aulas de balé na aldeia após assistirem as apresentações aqui”.


Nas costas da camiseta da cacique Lílian havia uma frase que poderia resumir essa integração entre brancos e índios: ‘Eu posso ser como você sem deixar de ser como eu sou’.


Dia da Mata Atlântica - A data marca a necessidade de barrar o desmatamento, recuperar o que foi degradado, ampliar o número de áreas protegidas, públicas e privadas, e melhorar a gestão daquelas que já existem.


A Mata Atlântica foi considerada patrimônio Nacional pela Constituição Federal de 1988 e pelo Decreto 750, de 10 de fevereiro de 1993. Posteriormente, outro decreto presidencial, de 21 de setembro de 1999, instituiu o dia 27 de maio como dia da Mata Atlântica.


A data foi escolhida porque em 27 de maio de 1560 o padre José de Anchieta assinou a “Carta de São Vicente”, onde descreveu, pela primeira vez, a biodiversidade das florestas tropicais.

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