sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Encontro aborda Pet Terapia Hospitalar

De nível regional, evento acontece nesta terça-feira (4), no Hospital Irmã Dulce 



O Complexo de Saúde Irmã Dulce promove terça-feira (04), o I Encontro Regional de Pet Terapia Hospitalar em seu anfiteatro. A data coincide com o Dia de São Francisco de Assis, conhecido como protetor dos animais. Organizado pela Comissão de Humanização do Hospital Municipal e do Pronto-Socorro Central, o evento tem por objetivo divulgar a pet terapia hospitalar como instrumento terapêutico no cuidado aos pacientes, trocar experiências e estimular a discussão regional sobre o tema.
O encontro começará às 13h, com inscrições dos participantes. Às 13h30 será aberto pelas autoridades e diretores presentes e pela fonoaudióloga Eliane Selma do Valle Blanco, responsável pelo projeto de pet terapia no Hospital Municipal Irmã Dulce. Na ocasião, será apresentada a cadela Satine, da raça golden retriever, mascote usada na pet terapia hospitar.
Às 14 horas, o médico pediatra Paulo Sérgio Baldin, de Santos, discorrerá sobre o tema como pioneiro na região, atuando no Hospital Guilherme Álvaro de Santos. Na sequência, a partir das 14h40, o Irmã Dulce apresentará experiências exitosas em Praia Grande e na Baixada Santista. Para tanto, convidou a Guarda Civil Municipal de Praia Grande; a entidade Dr. Au Au, que atua no Hospital Guilherme Álvaro e aguarda outras confirmações. Na oportunidade, Eliane Blanco falará sobre a pet terapia no Hospital Municipal Irmã Dulce, promovida desde que a FUABC assumiu a gestão, há três anos.


Aspectos técnicos da pet terapia serão tema da apresentação da veterinária Maria Fernanda Gonçalves, chefe da Divisão de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde (Sesap). O encerramento está previsto para as 16h30.
Benefícios - Eliane explica que a pet terapia consiste em visitas monitoradas de animais a crianças e adultos internados, tanto nos leitos como em outros espaços do hospital. “A presença do animal faz com que as pessoas se sintam mais relaxadas num lugar onde, às vezes, elas podem se sentir ameaçadas, ainda mais se for uma criança ou até mesmo um adulto numa situação de fragilidade”, destaca.
A terapia pode se desenvolver com outros animais, como gatos e coelhos, apesar do cão ser preferencial no envolvimento com humanos em ambiente hospitalar. “Eles ajudam a diminuir a resistência a tratamentos dolorosos e ao próprio ambiente, que pode parecer hostil. Isso acaba fomentando a recuperação física rápida, entre outros benefícios”, explica a fonoaudióloga.
Pesquisando sobre o assunto, a técnica encontrou resultados positivos na recuperação não apenas de crianças, mas também de adultos. “Para pacientes psiquiátricos, o animal acaba atuando como um elo entre ele e o mundo. Temos conhecimento de trabalhos com idosos, pacientes com senilidade ou mesmo Alzheimer”, disse.
Perfil - Os cães são escolhidos pelo perfil, tendo que interagir bem com humanos e aceitar ser tocados. “É um grupo fixo de animais selecionados. Além de ser de raça dócil, os cães devem ter o temperamento ideal para esse trabalho, sem serem medrosos demais, nem agressivos demais”, ressalta a fonoaudióloga Eliane Blanco.
Os cães para terapia devem ser saudáveis, vermifugados, sem qualquer tipo de doença (inclusive de pele) e ter a carteira de vacinação atualizada. “Tomam banho antes e recebem gel anti-séptico nas patas para visitar os pacientes. Quando preparados para atuar dentro do hospital, eles só não são empacotados”, brinca Eliane. Satine preenche os requisitos, tem o perfil adequado, passou por adestramento e é higienizada antes de entrar no hospital.
A exemplo de qualquer iniciativa humanizada do Irmã Dulce, os pacientes têm liberdade de escolha. “Perguntaremos se o paciente tem medo de animal, se deseja a visita”, diz. Se aceitar a visita, a criança ou o adulto poderá apenas observar ou brincar, falar e tocar no animal, já treinado para esse tipo de integração. As visitas são curtas, com a participação de um voluntário, que pode ser o dono do animal ou alguém que tenha domínio sobre ele, e de um técnico de saúde.


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