De nível regional, evento acontece
nesta terça-feira (4), no Hospital Irmã Dulce
O Complexo de Saúde Irmã Dulce promove
terça-feira (04), o I Encontro Regional
de Pet Terapia Hospitalar em seu anfiteatro. A data coincide com o Dia de São
Francisco de Assis, conhecido como protetor dos animais. Organizado pela
Comissão de Humanização do Hospital Municipal e do Pronto-Socorro Central, o
evento tem por objetivo divulgar a pet terapia hospitalar como instrumento
terapêutico no cuidado aos pacientes, trocar experiências e estimular a
discussão regional sobre o tema.
O encontro começará às 13h, com inscrições
dos participantes. Às 13h30 será aberto pelas autoridades e diretores presentes
e pela fonoaudióloga Eliane Selma do Valle Blanco, responsável pelo projeto de
pet terapia no Hospital Municipal Irmã Dulce. Na ocasião, será apresentada a
cadela Satine, da raça golden retriever, mascote usada na pet terapia hospitar.
Às 14 horas, o médico pediatra Paulo Sérgio
Baldin, de Santos, discorrerá sobre o tema como pioneiro na região, atuando no
Hospital Guilherme Álvaro de Santos. Na sequência, a partir das 14h40, o Irmã
Dulce apresentará experiências exitosas em Praia Grande e na Baixada Santista.
Para tanto, convidou a Guarda Civil Municipal de Praia Grande; a entidade Dr. Au
Au, que atua no Hospital Guilherme Álvaro e aguarda outras confirmações. Na
oportunidade, Eliane Blanco falará sobre a pet terapia no Hospital Municipal
Irmã Dulce, promovida desde que a FUABC assumiu a gestão, há três anos.
Aspectos técnicos da pet terapia serão tema
da apresentação da veterinária Maria Fernanda Gonçalves, chefe da Divisão de
Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde (Sesap). O encerramento está previsto
para as 16h30.
Benefícios - Eliane explica que a pet terapia consiste em
visitas monitoradas de animais a crianças e adultos internados, tanto nos leitos
como em outros espaços do hospital. “A presença do animal faz com que as pessoas
se sintam mais relaxadas num lugar onde, às vezes, elas podem se sentir
ameaçadas, ainda mais se for uma criança ou até mesmo um adulto numa situação de
fragilidade”, destaca.
A terapia pode se desenvolver com outros
animais, como gatos e coelhos, apesar do cão ser preferencial no envolvimento
com humanos em ambiente hospitalar. “Eles ajudam a diminuir a resistência a
tratamentos dolorosos e ao próprio ambiente, que pode parecer hostil. Isso acaba
fomentando a recuperação física rápida, entre outros benefícios”, explica a
fonoaudióloga.
Pesquisando sobre o assunto, a técnica
encontrou resultados positivos na recuperação não apenas de crianças, mas também
de adultos. “Para pacientes psiquiátricos, o animal acaba atuando como um elo
entre ele e o mundo. Temos conhecimento de trabalhos com idosos, pacientes com
senilidade ou mesmo Alzheimer”, disse.
Perfil - Os cães são escolhidos pelo perfil, tendo
que interagir bem com humanos e aceitar ser tocados. “É um grupo fixo de animais
selecionados. Além de ser de raça dócil, os cães devem ter o temperamento ideal
para esse trabalho, sem serem medrosos demais, nem agressivos demais”, ressalta
a fonoaudióloga Eliane Blanco.
Os cães para terapia devem ser saudáveis,
vermifugados, sem qualquer tipo de doença (inclusive de pele) e ter a carteira
de vacinação atualizada. “Tomam banho antes e recebem gel anti-séptico nas patas
para visitar os pacientes. Quando preparados para atuar dentro do hospital, eles
só não são empacotados”, brinca Eliane. Satine preenche os requisitos, tem o
perfil adequado, passou por adestramento e é higienizada antes de entrar no
hospital.
A exemplo de qualquer iniciativa humanizada
do Irmã Dulce, os pacientes têm liberdade de escolha. “Perguntaremos se o
paciente tem medo de animal, se deseja a visita”, diz. Se aceitar a visita, a
criança ou o adulto poderá apenas observar ou brincar, falar e tocar no animal,
já treinado para esse tipo de integração. As visitas são curtas, com a
participação de um voluntário, que pode ser o dono do animal ou alguém que tenha
domínio sobre ele, e de um técnico de saúde.
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