Em cinco delas, na feira-livre do Quietude, temperatura
era inadequada
Na vistoria de
frituras em barracas de pastéis, na feira-livre no bairro Quietude, ocorrida
quinta-feira (29), equipes da Vigilância Sanitária e do Instituto Adolpho Lutz
constataram alta temperatura do óleo em todos os locais visitados. A falta de
informação por parte dos responsáveis foi o principal motivo da irregularidade.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) recomenda o limite máximo de
180º de temperatura.
Além do
superaquecimento, o primeiro local de venda de pastéis e salgados, no Espaço de
Eventos Alvorada, apresentou má coloração do óleo e produção de fumaça, o que
pode indicar que o produto já não estava próprio para o consumo.
Já a barraca
seguinte, embora apresentasse um nível de temperatura pouco acima do permitido,
tinha uma situação bem melhor, com bom aspecto do óleo. Segundo o proprietário,
Daniel Diguê Borges da Costa, a iniciativa da fiscalização é importante. “Achei
ótimo esse trabalho de orientação porque podemos nos aperfeiçoar e oferecer um
produto melhor ao consumidor. Se algo está errado, o que temos a fazer é
corrigir”, disse.
Em outro
ponto, com iguais condições, o feirante Felipe Almeida da Silva também
reconheceu a necessidade da orientação aos que trabalham com frituras. “Estamos
nesse ramo há 24 anos, acompanhando o que era feito pelo meu pai. Estas
informações vão nos ajudar a melhorar a qualidade de nossos produtos”, destacou.
Riscos - Em
outras duas barracas foram constatados excessos bem acima do recomendado,
estando o óleo com 220º de temperatura. A presença de fumaça e
odor impróprio foram outras observações. Para o diretor técnico da Divisão de
Saúde do Instituto Adolpho Lutz, Mário Tavares, o problema pode representar um
sério risco à saúde. “Ao consumir um produto assim as consequências vão desde um
distúrbio gastrointestinal, lesões no fígado e até diminuição da fertilidade”,
alertou.
Para orientar
os feirantes, foram distribuídos folhetos com 10 recomendações para frituras
usando óleo ou gordura vegetal. As informações estão disponíveis no site da
ANVISA (www.anvisa.gov.br).
Durante as
vistorias, foram coletadas amostras do óleo usado antes e depois das frituras. O
material será analisado e o Instituto Adolpho Lutz apresentará o resultado aos
donos do comércio visitado. As conclusões vão instruir um treinamento sobre boas
práticas para frituras, a exemplo do que já ocorre com trabalhadores do comércio
de alimentos, na Secretaria de Saúde Pública (Sesap).
Multa – Enquanto caminhavam pela feira, técnicos da
Vigilância Sanitária notaram que duas barracas de peixe estavam sem a cobertura
de gelo sobre os pescados. Em uma delas era possível observar que alguns dos
peixes apresentavam mau aspecto.
Os dois
feirantes receberam uma multa de R$ 285,00 cada um devido ao mau
acondicionamento dos produtos. A temperatura de 26º registrada no pescado indicava uma grave
irregularidade. De acordo com os profissionais do orgão, os valores precisavam
estar com temperaturas abaixo de zero. Os dois autuados tiveram de recolher todo
o pescado das prateleiras.
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