Evento reuniu cerca de 50 pessoas, no CRAS do Bairro
Quietude
Saber quais são os direitos da mulher
e quais formas elas têm de se defender em caso de agressão. Para isso, cerca de
50 pessoas, atendidas pelo Centro de Referência de Assistência Social (CRAS)
Quietude assistiram à palestra sobre a Lei Maria da Penha, ministrada pela
delegada titular da Delegacia em Defesa da Mulher, Rosemar Cardoso Fernandes.
De acordo com a delegada, muitas
mulheres ainda desconhecem quais são os direitos vigentes no caso de agressão,
como por exemplo, as medidas protetivas. “Elas não sabem que existe uma gama de
serviços voltados para atendê-las, no caso de qualquer tipo de violência que
sofra. Como advogados, psicólogos, pedagogas entre outros”, destacou Rosemar
Cardoso.
“Engana-se muito quem pensa que só há
abuso quando tem contato físico. Em qualquer destes casos, a mulher pode acionar
a polícia e denunciar o agressor. Se acabou de acontecer, ele será autuado em
flagrante e, caso a mulher represente a denuncia, ele ficará preso. Ou então, no
dia seguinte, fazer um boletim de ocorrência para registrar a violência
sofrida”, destacou a responsável pela Delegacia da Mulher.
Ao fazer a denuncia, a vítima pode
solicitar medidas protetivas e pedir para que o boletim de ocorrência seja
representado, para que se instaure um inquérito. Enquadra-se como violência
qualquer tipo de agressão, seja ela física, sexual, psicológica, patrimonial e a
moral. “Uma das soluções é afastar o agressor do lar, onde se determina uma
distância que o mesmo pode chegar delas. No caso de ameaça por meios
eletrônicos, em algumas situações, ele também fica impedido de fazer qualquer
tipo de contato com a pessoa agredida”, completou a delegada.
As ações feitas junto às comunidades
para orientar as mulheres sobre a Lei Maria da Penha têm surtido efeito em Praia
Grande. Só até agosto deste ano, a Delegacia de Defesa da Mulher registrou 500
casos de violência doméstica. Número 38% maior que o de 2010, quando foram
feitas apenas 309 denúncias ao longo de todo o ano. “Credito isso ao maior
conhecimento das mulheres a lei, que é relativamente nova”, finalizou Rosemar
Cardoso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário