Comerciárias buscam igualdade e fim de preconceito

Documento extraído de grupo de trabalho será levado ao Congresso Nacional

Acabar com o preconceito e buscar condições salariais iguais às dos homens. Esses foram os principais pontos discutidos nesta quinta-feira (08), durante o evento “Mulher Valorizada, Comerciária Fortalecida”, promovido pela Fecomerciários (Federação dos Empregados do Comércio do Estado de São Paulo), no Centro de Lazer da entidade, localizada no Bairro Mirim.
Pela manhã, um grupo de trabalho composto por representantes dos sindicatos ligados à Fecomerciários elaborou um documento mencionando esses dois assuntos como os principais relacionados à mulher comerciária. De acordo com o presidente da federação, Luiz Carlos Motta, a intenção é encaminhar o documento ao Congresso Nacional, uma vez que a questão já vem sendo discutida no Projeto de Lei nº 6653, que cria mecanismos para garantir a igualdade entre mulheres e homens e coibir práticas discriminatórias nas relações de trabalho. “As mulheres estão mais preocupadas e engajadas, lutando por reconhecimento. Por incrível que pareça, ainda há preconceito até na hora de contratar mulheres para trabalharem no comércio”.
O secretário de Relações de Emprego e Trabalho de Praia Grande parabenizou as mulheres não só pelo Dia Internacional das Mulheres, mas também por sua atuação no mercado de trabalho. Frisou que a Fecomerciários movimenta o comércio do bairro, onde estão localizadas várias colônias de férias, a cada evento que realiza. “Os comerciários são sempre muito bem-vindos à nossa Cidade”. Conforme a Fecomerciários, o Centro de Lazer da entidade recebe cerca de 400 visitantes por semana.
Durante todo o dia, além dos fóruns de discussão, as comerciárias puderam participar ainda de avaliação de saúde, aula aberta de dança e caminhada pela praia, além de assistir a palestras e ao espetáculo teatral “Baião de Dois”.
Comerciária há 10 anos, Adriana Tavares, de 47 anos, veio de São José do Rio Preto para participar do encontro em busca de mais informação. “Temos que ser competitivas dentro do mercado de trabalho, não só no comércio como em todas as áreas”.
Também de São José do Rio Preto, Yumy Nogueira Rodrigues, 23, contou que trabalha no comércio desde os 16 anos e que viu no evento a oportunidade de união entre as mulheres da categoria. “Os sindicatos nos apoiam e com isso nos sentimos mais seguras para expor nossas opiniões”.