quinta-feira, 15 de março de 2012

Moradores de PG começam a receber pesquisadores

Objetivo é apurar causas da criminalidade e diminuir índices


“Você já foi vítima de algum delito? Registrou a ocorrência?”. Essas são algumas das perguntas que compõem o questionário a ser respondido por 400 moradores de Praia Grande a partir da próxima semana com o objetivo de elaborar o Diagnóstico da Violência, projeto que vai identificar as causas da criminalidade na Cidade e buscar formas de diminuir esses índices.
A participação da população na coleta dos dados será fundamental, uma vez que moradores de todos os bairros de Praia Grande serão ouvidos durante sete dias por pesquisadores do Instituto de Pesquisa, Ensino e Consultoria Técnica em Segurança Municipal (IPECS), responsável pela pesquisa.
É com base nestes dados que a Subsecretaria para Assuntos de Segurança (Subseg) vai realizar diversas ações específicas, a partir do segundo semestre do ano, através do Plano Municipal de Segurança.
A Guarda Civil Municipal (GCM) já está se preparando para atuar a partir dessas informações, apesar de se tratar de uma ação integrada entre os órgãos de segurança, como a GCM e a Polícia Militar, e outros órgãos da Administração Pública. De acordo com o comandante da Guarda Civil Municipal de Praia Grande, Marco Alves dos Santos, a segurança não pode ser vista como algo isolado, mas sim multidisciplinar. “Muitas vezes, crimes ocorrem em função de deficiências em outras áreas, como iluminação pública, saneamento básico e, principalmente, educação. Dessa forma, vemos que todas essas áreas fazem segurança”.
O comandante observou que os pequenos furtos a turistas e moradore.s especialmente na orla da praia, são a ocorrência que mais incomoda a população e que esse é um dos índices a ser reduzido a partir das informações colhidas no Diagnóstico da Violência. “Apesar de, aparentemente, serem ocorrências de menor gravidade, elas agem diretamente no comportamento das pessoas, que muitas vezes mudam sua rotina em função delas”.
Com os dados tabulados, a próxima ação do Diagnóstico da Violência será a realização de um fórum de discussão, programado para acontecer no auditório da Câmara Municipal, no dia 27 de março, a partir das 18 horas. Essa será uma das oportunidades para quem não tenha recebido a visita dos pesquisadores do IPECS de participar do projeto. “Os fóruns serão abertos ao público, que poderá opinar e reclamar, complementando a pesquisa”, explicou o comandante da GCM.
Um segundo fórum será realizado no dia 24 de abril, no Centro de Lazer da Federação dos Empregados no Comércio do Estado de São Paulo (Fecomerciários). Por fim, no mês de junho, acontece a Conferência do Diagnóstico da Violência, em data e local a serem definidos.
O comandante observou ainda que a intenção é atuar permanentemente com relação aos problemas que forem apontados pela pesquisa, uma vez que o Diagnóstico quer oferecer segurança em sua forma primária, que é a prevenção.
O presidente do IPECS e coordenador das equipes de pesquisa, Sérgio R. de França Coelho, frisou a importância de a população responder ao questionário, composto por 32 perguntas de múltipla escolha. “São questões relativamente simples, mas de extrema importância, pois é um meio de fazer com que a sociedade seja ouvida”.
Ele observou ainda que todos os pesquisadores estarão devidamente uniformizados com camisetas e crachás do IPECS. “Eles não entrarão na casa de ninguém, portanto, a população não precisa se preocupar nesse sentido. Mas é importante que os moradores forneçam as informações”.

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