sábado, 30 de julho de 2011

Irmã Dulce vai manter atendimento a pacientes da região

Decisão foi tomada após compromisso do Estado de melhorar parceria com PG

Na entrevista coletiva realizada na sexta-feira (29), no anfietatro do Hospital Irmã Dulce, o secretário de Saúde Pública de Praia Grande, Adriano Springmann Bechara, informou que o Município continuará atendendo pacientes de outras cidades. A decisão de não fechar mais os 50 leitos mantidos pelo Governo do Estado aconteceu porque, durante a reunião com a imprensa, o assessor do Palácio do Governo, Edmur Mesquita, telefonou para o prefeito Roberto Francisco do Santos solicitando um prazo de 15 dias para que uma nova parceria seja firmada com o Município, garantindo a continuidade do atendimento de pacientes de cidades da região no hospital, sem atrasos nos recursos para o hospital.


Após o anúncio do fechamento dos leitos hospitalares, feito na tarde de ontem, o representante do governo estadual na Agência de Saúde, David Uip, comunicou, por meio do jornal A Tribuna, que os valores atrasados (R$ 1,8 milhão) seriam depositados nesta sexta-feira (29), o que de fato ocorreu. A providência, no entanto, não seria suficiente para evitar o rompimento da parceria com a Cidade.


De acordo com o superintendente do hospital Irmã Dulce, não era mais viável economicamente para o hospital suportar os atrasos dos repasses, em torno de R$ 900 mil mensais, para o custeio dos leitos. “Infelizmente, não havia mais como sustentar o problema, já que o hospital também estava atrasando os pagamentos das nossas equipes médicas e fornecedores. Para não comprometer o atendimento da população de Praia Grande, resolvemos tomar essa dura medida não mais aceitando internações de outros municípios. Felizmente, o Governo do Estado compreendeu nossa situação e, após a reformulação dessa parceria, poderemos prosseguir com a configuração inicial do hospital para o atendimento regional”, disse.


Conforme o secretário de Saúde Pública, Adriano Bechara, não houve pressão ao governo do Estado com o anúncio do fechamento dos leitos. A iniciativa visou apenas levar ao conhecimento público a grave situação do hospital. “Problemas metropolitanos devem ser solucionados de maneira metropolitana, desde que todos os entes envolvidos cumpram pontualmente suas obrigações, não ocasionando ônus para a outra parte. Esperamos que com o novo modelo de contratualização dos leitos hospitalares regionais no HMID estas situações não mais ocorram”, afirmou.

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